MENSAGEM

Não somos seres humanos passando por uma experiência espiritual...



Somos seres espirituais passando por uma experiência humana...



sábado, 7 de julho de 2012

MEMORIZAÇÃO E RETÓRICA


ARTE REAL: MEMORIZAÇÃO E RETÓRICA

Imagine um mundo em que as artes cênicas fossem diferentes, ou melhor, não fossem arte. Um mundo em que você liga a sua TV à noite e os atores da novela estão com seus scripts, lendo suas falas.
Aquela sensação fictícia de estar assistindo a vida real, que tanto prende famílias no sofá ao final dos dias, vai se distanciando a cada olhar da atriz ao papel à sua frente.
Então você vai ao cinema assistir ao novo filme do 007, mas desta vez James Bond tem um roteiro na mão ao invés de uma pistola. Aqueles papéis o seguem mais do que qualquer vilão, e a postura e elegância que o definiam se perdem por trás do roteiro impresso ao alcance de suas vistas.
Nenhum suspense ou mesmo a melhor cena de ação do filme consegue sobreviver a tal artificialidade. A tão famosa “permissão para matar” parece ter sido usada desta vez contra a qualidade.
Fugindo do cinema, e agora na busca desesperada por uma arte verdadeira, você entra na fila do teatro, certo de que ali conseguirá alimentar sua mente, coração e espírito com um mínimo de decência.
Para sua surpresa, o cenário está praticamente branco, de tantos cartazes colados no chão, nos móveis e dependurados no teto, a poucos centímetros acima dos atores, com as falas da peça.
E aí, conseguiu imaginar um mundo assim? Seria bizarro, um grande absurdo, algo realmente inaceitável, não é mesmo? Então por que você acha que pode fazer isso na Maçonaria, ou mesmo concordar que outros assim o façam?
A Maçonaria é comumente chamada de “Arte Real”, e não é à toa. O Mestre Maçom, sendo um artista da Arte Real, deve trabalhar como tal. Deve conhecer as Sete Artes Liberais, dentre as quais está a Retórica. E sendo a Maçonaria uma instituição que ensina por meio de símbolos e alegorias contidas em histórias e diálogos encenados, cada Oficial é um ator, que deve ter como objetivo primário transmitir a mensagem da melhor forma possível.
Um protagonista de novela ou seriado tem que memorizar páginas e mais páginas diferentes a cada dia para interpretar as falas de um episódio muitas vezes transmitido uma única vez, e cujo objetivo do programa é apenas o entretenimento. Então porque um Oficial de uma Loja Maçônica não pode memorizar três ou quatro pequenas frases de seu cargo, as quais ele sabe que repetirá dezenas e dezenas de vezes durante, pelo menos, um ano inteiro, sabendo ele ainda que o objetivo do ritual é instruir?
O exemplo inicialmente dado demonstra claramente que uma mensagem lida não alcança o espectador ou participante com a mesma proporção e intensidade que uma mensagem declamada. A Maçonaria possui muitas belas e importantes mensagens, as quais merecem ser transmitidas na devida forma.


                                                                                              INTERNET

SER AMIGO


terça-feira, 27 de setembro de 2011

SEGREDOS


A maior liberdade da inteligência é o senso de eternidade, o ato de separar elementos desse universo complexo, os quais só podem subsistir, fora desta totalidade, mentalmente. É a abstração. Tudo que é abstrato não é resultado da natureza orgânica e sim de natureza etérea, de pensamento, de alma, de espírito. É a imaterialidade.

É dom sagrado o homem desfrutar do produto de seu trabalho e de sua inteligência. Por isto, aquele que se esclarece, deve acautelar-se e não se resignar com a providência. Pois, se assim o fizer, estará abrindo mão da razão, da ação, e não agir equivale a não existir. Einstein dizia que “a mais bela emoção é o mistério. Se o homem soubesse de tudo, sua vida perderia a graça, pois a beleza está na curiosidade, no estudo, na pesquisa, na hipótese, na sensação de que sempre falta alguma coisa a saber.” Hermes Trimegisto aconselhava:

“Se quiserdes saber o segredo desta força suprema, deveis separar a terra do fogo, o fino e sutil do espesso e grande, suavemente e com todo o cuidado. Sobe da terra ao céu e, dali, volte a terra para receber a força do que está em cima e do que está em baixo.”

A ciência tudo pode porque o homem a tudo aprende. E aprenderá que o principio criador é lento e brando, mas Onipotente; incomensurável e infinito, mas Onipresente; misterioso e alegórico, mas Onisciente.

Algum dia, ao olharmos para a abóbada celeste, reconheceremos a assinatura de DEUS, subscrito, Grande Arquiteto do Universo.


FRAGMENTO TIRADO DO ARTIGO " A DUALIDADE NA CRIAÇÃO" REVISTA UNIVERSO MAÇÔNICO.

sábado, 24 de setembro de 2011

O DOM DE SERVIR






















Servir não pode ser apenas uma atitude mental ou um lema inconseqüente. Para que esta palavra ganhe realmente sentido, é preciso planificar a ação dos nossos clubes, para que ele consiga levantar a opinião da comunidade onde atua na solução de seus problemas, deixando de lado a timidez, não se importando muitas vezes a não receber os lauréis da vitória por um projeto digno que realiza, mas funcionando como o elemento propulsor das idéias e da ação que conduziram a bom termo.


ARCHIMEDES THEODORO
Diretor de RI 1980-1982

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

UM ALTAR PARA TODOS

Em Washington DC encontra-se o Supremo Conselho do Rito Escocês da Jurisdição Sul dos EUA, ou melhor, conforme seu nome oficial: "O Supremo Conselho - Conselho Mãe do Mundo - dos Comandantes Cavaleiros Inspetores Gerais da Casa do Templo de Salomão do 33° Grau do Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria da Jurisdição Sul dos Estados Unidos da América".
Sua sede, próxima de completar 100 anos, é rodeada de simbolismo. Desde o número do endereço, as colunas que a rodeiam, as esfinges, até mesmo simples abajures com a face de Hermes. A Casa do Templo, como é conhecida, abrange entre outras coisas: a biblioteca pública mais antiga do Distrito de Colúmbia, com um dos maiores acervos de livros maçônicos do mundo; a biblioteca particular e objetos pessoais de Albert Pike; seus restos mortais, localizados junto aos "Pilares da Caridade"; incontáveis relíquias relacionadas à Maçonaria em geral e ao Rito Escocês em particular; a sede administrativa do Supremo Conselho; além de, é claro, o Templo.
E como o coração e a mente da Sublime Ordem Maçônica estão no Altar Maçônico, onde todo maçom presta seus juramentos perante seu Livro Sagrado, o Esquadro e o Compasso. Em seu centro está o gigantesco Altar, feito de mármore preto, e pode-se ler no chão à sua volta: "Da luz do Verbo Divino, o Logos, vem a sabedoria da vida e o objetivo da Iniciação". Logo acima, no teto, um vitral permite a luz do Sol iluminá-lo. Mas é sobre o Altar que se vê a Universalidade da Maçonaria: estão presentes 8 Livros Sagrados.

















Entre a Bíblia, a Tanakh, o Alcorão, a Bhagavad Gita e outros, um Livro chama a atenção: o Zend Avesta, livro sagrado do Zoroastrismo. Apesar de quase impraticado, o Zoroastrismo tem origem persa e suas crenças de imortalidade da alma, a vinda de um messias e a dualidade entre o Bem e o Mal influenciaram as religiões abraâmicas - judaísmo, cristianismo e islamismo. Sua presença no Altar é justa, visto sua influência também ter alcançado o próprio Rito Escocês.
Imaginem quantos Irmãos que ali se ajoelharam e prestaram o juramento solene. Olhando para o Altar enxergamos ali a melhor representação de como a Maçonaria está aberta a todos os homens livres das amarras da ignorância, da intolerância e do fanatismo. Talvez, se pudéssemos enxergar essa imagem em outros lugares, a humanidade seria mais feliz.
Postado por Kennyo Ismail .
Adaptado: Francisco F. Bidoia

sábado, 23 de abril de 2011


Sócrates
Seu nome em grego é Sokrátes. Sua cidade natal foi Atenas, no ano de 469 a . C., tendo nascido filho de um escultor, de nome Sofronisco e de uma parteira, Fenarete.
Fisicamente, era considerado feio, com seu nariz achatado, olhos esbugalhados, uma calva enorme, rosto pequeno, estômago saliente e uma longa barba crespa.
Casou-se com Xantipa e teve três filhos mas dizem que trabalhava apenas o necessário para que a família não viesse a perecer à fome.
Tendo sido proclamado pelo oráculo de Delfos, como o mais sábio dos homens, Sócrates passou a se incumbir de converter os seus concidadãos à sabedoria e à virtude. Considerava-se protegido por um "daimon" , gênio, demônio, espírito, cuja voz, afirmava, desde a infância, o aconselhava a se afastar do mal.
Não tinha propriamente uma escola, mas um círculo de familiares, discípulos com os quais se encontrava, de preferência , no ginásio do Liceu. Em verdade, onde quer que se encontrasse, na casa de amigos, no ginásio, na praça pública, interrogava os seus interlocutores a respeito das coisas que, por hipótese, deveriam saber, fossem eles um adolescente, um escravo, um futuro político, um militar, uma cortesã ou sofistas.
Desta forma, conclue que eles não sabem o que julgam saber e, o que é mais grave, não sabem que não sabem. Por sua vez, ele, Sócrates, não sabe mas sabe que não sabe.
Era considerado um homem corajoso e de muita resistência física. Todos se recordavam de como ele, sozinho, enfrentara a histeria coletiva que se seguira à batalha naval de Arginusas, quando dez generais foram condenados à morte por não terem salvo soldados que estavam a se afogar.
Ele ensinava que a boa conduta era aquela controlada pelo espírito e que as virtudes consistiam na predominância da razão sobre os sentimentos. Introduziu a idéia de definir os termos, pois, "antes de se começar a falar, era preciso saber sobre o que é que se estava falando."
Para Sócrates, a virtude supõe o conhecimento racional do bem. Para fazer o bem, basta, portanto, conhecê-lo. Todos os homens procuram a felicidade, quer dizer, o bem, e o vício não passa de ignorância, pois ninguém pode fazer o mal voluntariamente.
Foi denunciado como subversivo , por não acreditar nos deuses da cidade, e também corruptor da mocidade. Não se sabe exatamente o que os seus acusadores pretendiam dizer, mas o certo é que os moços o amavam e o seguiam. O convite a pensar por si mesmos atraía os jovens e talvez fosse isso que temessem pais e políticos. Ocorreu também que um dos seus discípulos, de nome Alcibíades, durante a guerra com Esparta tinha se passado para o lado do inimigo. Embora a culpa não fosse de Sócrates, pois a decisão fora pessoal, Atenas buscava culpados.
Foi julgado por um tribunal popular de 501 cidadãos e condenado à morte. Poderia ter recorrido da sentença e, com certeza, receber uma pena mais branda. Entretanto, racional como era, afirmou aos discípulos que o visitaram na prisão:
"Uma das coisas em que acredito é no reinado da lei. Bom cidadão, como eu tantas vezes vos tenho dito, é aquele que obedece às leis de sua cidade. As leis de Atenas condenaram-me à morte, e a inferência lógica é que, como bom cidadão, eu deva morrer."
É Platão quem descreve a morte do seu mestre, no diálogo Fédon. Sócrates passou esta noite a discutir filosofia com seus jovens amigos. O tema, "Haverá uma outra vida depois da morte?"
Embora fosse morrer em poucas horas, discutiu sem paixão sobre as probabilidades de uma vida futura, ouvindo mesmo as objeções dos discípulos que eram contrários à sua própria opinião.
Quando o carcereiro lhe apresentou a taça de veneno, em tom calmo e prático, Sócrates lhe disse:
"Agora, você que entende dessas coisas, diga-me o que fazer."
"Beba a cicuta, depois levante-se e passeie até sentir as pernas pesadas, respondeu o carcereiro. Então, deite-se, e o torpor subirá para o coração."
Sócrates a tudo obedeceu. Como os amigos chorassem e soluçassem muito, ele os censurou. Seu último pensamento foi de uma pequena dívida que havia esquecido. Afastou a coberta que lhe haviam colocado sobre o rosto e pediu:
"Crito, devo um galo a Esculápio...Providencie para que a dívida seja paga."
Fechou os olhos e cobriu novamente o rosto. Quando Crito tornou a lhe indagar se tinha outras recomendações a fazer, ele não mais respondeu. Havia penetrado o mundo dos espíritos. Era o ano 399 a .C.
Sócrates nada escreveu e sua doutrina somente nos chegou pelos escritos de seu discípulo Platão. Ambos, mestre e discípulo, são considerados precursores da idéia cristã e do espiritismo, tendo o Codificador dedicado as páginas da introdução de O Evangelho segundo o Espiritismo para esse detalhamento.
O nome de Sócrates se encontra especialmente em Prolegômenos de O livro dos espíritos, logo após o de O espírito da verdade, seguido de Platão. Ainda encontramos seus comentários aos itens 197 e 198 de O livro dos médiuns, no capítulo que trata dos médiuns especiais, demonstrando que o trabalhador verdadeiro não cessa suas atividades, embora a morte do corpo fisico e de que, afinal, somos verdadeiramente uma só e única família universal: espíritos e homens , envidando esforços para o atingimento da Perfeição.
Fonte: Enciclopédia Mirador Internacional, vol. 19; Grandes vidas, grandes obras , Seleções do Reader's Digest, 1968.

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