
A maior liberdade da inteligência é o senso de eternidade, o ato de separar elementos desse universo complexo, os quais só podem subsistir, fora desta totalidade, mentalmente. É a abstração. Tudo que é abstrato não é resultado da natureza orgânica e sim de natureza etérea, de pensamento, de alma, de espírito. É a imaterialidade.
É dom sagrado o homem desfrutar do produto de seu trabalho e de sua inteligência. Por isto, aquele que se esclarece, deve acautelar-se e não se resignar com a providência. Pois, se assim o fizer, estará abrindo mão da razão, da ação, e não agir equivale a não existir. Einstein dizia que “a mais bela emoção é o mistério. Se o homem soubesse de tudo, sua vida perderia a graça, pois a beleza está na curiosidade, no estudo, na pesquisa, na hipótese, na sensação de que sempre falta alguma coisa a saber.” Hermes Trimegisto aconselhava:
“Se quiserdes saber o segredo desta força suprema, deveis separar a terra do fogo, o fino e sutil do espesso e grande, suavemente e com todo o cuidado. Sobe da terra ao céu e, dali, volte a terra para receber a força do que está em cima e do que está em baixo.”
A ciência tudo pode porque o homem a tudo aprende. E aprenderá que o principio criador é lento e brando, mas Onipotente; incomensurável e infinito, mas Onipresente; misterioso e alegórico, mas Onisciente.
Algum dia, ao olharmos para a abóbada celeste, reconheceremos a assinatura de DEUS, subscrito, Grande Arquiteto do Universo.
FRAGMENTO TIRADO DO ARTIGO " A DUALIDADE NA CRIAÇÃO" REVISTA UNIVERSO MAÇÔNICO.